domingo, 17 de março de 2013

"Vinho é Poesia Engarrafada"

Bom Dia pessoas lindas! Choveu tanto tanto tanto, que acordei cheia de sede. Ao pegar no jarro para encher um copo de água (água sim. tenham lá calma, isto a esta hora ainda é madrugada e nem os olhinhos estão bem abertos...), ao lado estava uma garrafa de vinho tinto. E deu nisto. Apeteceu-me falar de vinho. 

A frase supracitada é de Robert Louis Stevenson (para quem não sabe foi um poeta, novelista e escritor do roteiros de viagens no séc. XIX. Vê mais aqui). E por ser poesia, lembrei-me de Pablo Neruda (este não perdoo a quem não saiba...). 

Por isso, aqui fica a sua ode ao vinho: 

"Vinho cor do dia
vinho cor da noite
vinho com pés púrpura
o sangue de topázio
vinho,
estrelado filho
da terra
vino, liso
como uma espada de ouro,
suave
como um desordenado veludo
vinho encaracolado
e suspenso,
amoroso, marinho
nunca coubeste em um copo,
em um canto, em um homem,
coral, gregário és,
e quando menos mútuo.

O vinho
move a primavera
cresce como uma planta de alegria
caem muros,
penhascos,
se fecham os abismos,
nasce o canto.
Oh tú, jarra de vinho, no deserto
com a saborosa que amo,
disse o velho poeta.
Que o cântaro do vinho
ao peso do amor some seu beijo.

Amo sobre uma mesa,
quando se fala,
à luz de uma garrafa
de inteligente vinho.
Que o bebam,
que recordem em cada
gota de ouro
ou copo de topázio
ou colher de púrpura
que trabalhou no outono
até encher de vinho as vasilhas
e aprenda o homem obscuro,
no ceremonial de seu negócio,
a recordar a terra e seus deveres,
a propagar o cântico do fruto."

BOM DOMINGO! 

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