Bom Dia pessoas lindas! Choveu tanto tanto tanto, que acordei cheia de sede. Ao pegar no jarro para encher um copo de água (água sim. tenham lá calma, isto a esta hora ainda é madrugada e nem os olhinhos estão bem abertos...), ao lado estava uma garrafa de vinho tinto. E deu nisto. Apeteceu-me falar de vinho.
A frase supracitada é de Robert Louis Stevenson (para quem não sabe foi um poeta, novelista e escritor do roteiros de viagens no séc. XIX. Vê mais aqui). E por ser poesia, lembrei-me de Pablo Neruda (este não perdoo a quem não saiba...).
Por isso, aqui fica a sua ode ao vinho:
"Vinho cor do dia
vinho cor da noite
vinho com pés púrpura
o sangue de topázio
vinho,
estrelado filho
da terra
vino, liso
como uma espada de ouro,
suave
como um desordenado veludo
vinho encaracolado
e suspenso,
amoroso, marinho
nunca coubeste em um copo,
em um canto, em um homem,
coral, gregário és,
e quando menos mútuo.
O vinho
move a primavera
cresce como uma planta de alegria
caem muros,
penhascos,
se fecham os abismos,
nasce o canto.
Oh tú, jarra de vinho, no deserto
com a saborosa que amo,
disse o velho poeta.
Que o cântaro do vinho
Amo sobre uma mesa,
quando se fala,
à luz de uma garrafa
de inteligente vinho.
Que o bebam,
que recordem em cada
gota de ouro
ou copo de topázio
ou colher de púrpura
que trabalhou no outono
até encher de vinho as vasilhas
e aprenda o homem obscuro,
no ceremonial de seu negócio,
a recordar a terra e seus deveres,
a propagar o cântico do fruto."
BOM DOMINGO!
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